sexta-feira, 11 de junho de 2010

África do Sul e México empatam no primeiro jogo da Copa

Com 84.490 torcedores no Soccer City, seleção anfitriã saiu na frente com Tshabalala, mas Rafa Márquez empatou para os mexicanos

Daniel Tozzi e Levi Guimarães, enviados iG
Diante de 84.490 torcedores, os anfitriões sul-africanos foram pressionados no primeiro tempo, saíram na frente no segundo, mas conseguiram apenas um empate em sua estreia na Copa do Mundo de 2010. Nesta sexta-feira, no estádio Soccer City, em Joanesburgo, a seleção da África do Sul ficou no 1 a 1 com o México, com gols marcados por Tshabalala e Rafa Márquez.
Dessa forma, as duas seleções somam apenas um ponto na classificação do grupo A do Mundial. França e Uruguai, as outras duas seleções da chave, se enfrentam a partir das 15h30, com acompanhamento em tempo real do iG.
O jogo marcou um recorde pessoal para o brasileiro Carlos Alberto Parreira, que passou a ser o único técnico a dirigir seleções em seis Copas do Mundo, superando Bora Milutinovic, com quem estava empatado. Parreira já tinha estado no comando do Brasil duas vezes (1994 e 2006), do Kuwait (1982), dos Emirados Árabes (1990) e da Arábia Saudita (1998)
Apesar de atingir a marca pessoal, o resultado decepciona o treinador brasileiro, que afirmara, na véspera de enfrentar o México, que em caso de vitória na estreia ninguém seguraria a África do Sul nesta Copa.
O primeiro tempo foi de incontestável superioridade dos mexicanos, que fizeram a torcida sul-africana prender a respiração e os sopros nas Vuvuzelas desde os minutos iniciais, quando Giovani dos Santos, o melhor em campo na primeira etapa, quase marcou.

Foto: AFP
Com um forte chute no ângulo, o meia Tshabalala marcou o primeiro gol da Copa do Mundo
Parreira sentia o nervosismo de sua equipe e, com 5 minutos, já estava na beira do campo dando orientações. O panorama, porém, não se alterou até o fim da primeira etapa. Tanto que, ao fim dos 45 minutos iniciais, os mexicanos detinham pouco mais de 62% de posse de bola, contra menos de 35% dos anfitriões. O México chegou a marcar um gol, bem anulado por posição de impedimento de Vela.
No segundo tempo, Parreira colocou o lateral-esquerdo Masilela, titular da posição que não atuava por não estar com 100% de condições físicas, na vaga de Thwala. E o gol sairia por ali, pelo lado esquerdo, mas sem a participação de Masilela: quem marcou foi Tshabalala, após receber belo passe de Dikgacoi.
Depois de abrir o placar, os sul-africanos tiveram boas chances de ampliar a vantagem em contra-ataques. Mas não conseguiram fazê-lo e acabaram sofrendo o empate quando os mexicanos já não mostravam a mesma força do primeiro tempo: após bobeada da defesa sul-africana, a bola sobrou livre para o zagueiro mexicano Rafa Márquez, do Barcelona, empatar aos 33 minutos.
Depois do empate, as duas equipes se revezaram no ataque, mas a única grande chance foi mesmo da África do Sul, que acertou a trave do goleiro Oscar Perez em um chute de Mphela já aos 44 minutos.
A África do Sul volta a jogar na próxima quarta-feira, dia 16, contra o Uruguai. Já os mexicanos enfrentarão a França na quinta-feira, dia 17.

Abertura oficial empolga o público antes de África do Sul x México

Danças tradicionais fizeram parte da cerimônia de abertura - foto: Reuters

Danças tradicionais fizeram parte da cerimônia de abertura - foto: Reuters

Falta apenas o pontapé inicial para a largada da Copa do Mundo de 2010. A cerimônia oficial de abertura da competição aconteceu antes do duelo entre África do Sul e México e contou com grande empolgação do público. No centro do gramado, muitas músicas e danças tradicionais para mostrar a cultura sul-africana.

No estádio Soccer City, que serviu de grande festa para as torcidas das duas seleções que fazem a abertura da Copa, também estavam presentes os presidentes da África do Sul, Jacob Zuma, e do México, Felipe Calderón.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Marina pede oração para se tornar primeira presidente negra do Brasil

da Folha.com

Tornada oficialmente candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva pediu durante seu discurso na convenção do partido nesta quinta-feira a oração e a torcida dos presentes para que ela se torne a primeira mulher negra, de origem pobre, presidente do Brasil.

"Que cada homem e mulher que tem fé possa rezar. Os que não tem, possam torcer para que no dia 1º de janeiro o Brasil possa ter a primeira mulher negra, de origem pobre, na Presidência do Brasil", afirmou.

Marina cutucou o presidente Lula e o PT quando comentava a tese do plebiscito defendida pelos petistas.

A candidata verde criticou a polarização da campanha.

"Não vamos aceitar o veredicto do plebiscito, ele vai ser revogado pelo povo brasileiro".

Ex-petista que tenta impedir a eleição da candidata do presidente Lula, Dilma Rousseff,

Marina saudou os presentes com um "companheiros e companheiras", frase comumente associada aos petistas. Em seguida, como sempre faz, agradeceu a Deus.

A canditata fez um afago ao vice, o empresário Guilherme Leal, que se atrapalhou por três vezes durante o discurso com a leitura do teleprompter. "Essa tua falta de jeito com a política só aumenta o nosso respeito pelo que tu és e vais fazer na Vice-Presidência. Quem faz política com P maiúsculo não treina como fala. Apenas faz".

Sobre Leal, que em seu discurso frisou a diferença nas origens de ambos, Marina disse que tinha que contar um segredo:

"Eu queria fazer uma revelação. O empresário Guilherme Leal é filho de paraense e comedor de açaí.

O nosso encontro também está nas nossas origens, nas raízes que alimentam nosso coração", disse.

A senadora arrancou risadas da plateia em vários momentos. Um deles foi quando se chamou de palitinho.

"Tem uma família que se doa para que esse palitinho aqui se coloque nesse lugar de mantenedora de utopias", disse.