quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Sede do Estado-Maior da Síria é palco de combates em Damasco (Postado por Lucas Pinheiro)

 Violentos combates entre rebeldes e militares do regime sírio explodiram nesta quarta-feira (26) dentro da sede do Estado-Maior da Síria, com mortos dos dois lados, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Os combates começaram depois de ataque com bombas contra a sede, que fica dentro do perímetro de alta segurança em Damasco.

 Mais cedo, a televisão estatal síria informou que duas explosões foram registradas perto do edifício do Estado-Maior, o que provocou um incêndio.

A emissora não divulgou um balanço.

De acordo com o presidente do OSDH, Rami Abdel Rahman, que citou fontes no local dos confrontos, uma das explosões citada pelo canal oficial aconteceu perto da Praça dos Omeias, no centro da cidade.

 Também de acordo com o OSDH, pelo menos 16 pessoas, incluindo seis mulheres e três crianças, foram executadas em suas casas no bairro de Barzeh, zona norte de Damasco, por milicianos ligados ao regime de Bashar al-Assad.

Entre as vítimas estão um pai e os três filhos, uma mulher e seu filho, assim como um casal e a filha, segundo a Comissão Geral da Revolução Síria, uma rede de militantes.

Barzeh é um bairro sunita na zona norte de Damasco. Os milicianos do regime de Assad, conhecidos como "shabihas", são acusados de vários massacres desde o início da revolta na Síria, em março de 2011.

Analistas consideram que os "shabihas" são utilizados pelo regime, controlado por alauitas - uma ala do xiismo - para que o governo se afaste dos atos de barbárie cometidos.

O conflito na Síria, que começou em março de 2011, já causou mais de 29 mil mortos, enquanto 2,5 milhões de pessoas necessitam de ajuda humanitária e mais de 250 mil se refugiaram nos países vizinhos, segundo as Nações Unidas.

domingo, 23 de setembro de 2012



Exército da Síria Livre transfere liderança de Turquia à Síria

sábado, 22 de setembro de 2012 14:57 BRT
 
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Por Oliver Holmes
BEIRUTE, 22 Set (Reuters) - A organização rebelde Exército da Síria Livre (ESL) transferiu sua liderança pela primeira vez da Turquia para partes da Síria atualmente controladas por rebeldes, disse o comandante do grupo neste sábado.
O ESL baseia-se na Turquia há mais de um ano, já que soldados da organização têm enfrentado dificuldades para batalhar contra forças leais ao presidente Bashar al-Assad. Embora rebeldes controlem grandes regiões da Síria, eles são alvo de ataques aéreos e de artilharia das forças de Assad.
"A liderança do ESL adentrou em áreas livres (da Síria) após o sucesso do plano elaborado pelo ESL junto a outros batalhões e unidades para proteger essas regiões", disse o coronel Riad al-Asaad em um comunicado registrado em vídeo.
Uma fonte rebelde próxima a Asaad disse que o coronel chegou à Síria há dois dias. "O plano é que toda a liderança do ESL baseie-se na Síria em breve, na província de Idlib ou na província de Aleppo", disse a fonte à Reuters, adicionando que a transição será concluída em duas semanas.
O ESL é o mais proeminente de vários grupos armados lutando para depor Assad. No vídeo, publicado na internet, o coronel rebelde disse que seus homens "lutarão lado a lado" com todas as organizações rebeldes e que planeja tomar a capital Damasco em breve.
Apesar de exigir que Assad abandone sua posição, o Ocidente adota uma postura cautelosa sobre armar grupos rebeldes. Diplomatas ocidentais dizem que estão buscando sinais de que os rebeldes têm uma cadeia de comando clara na Síria.
A Turquia, que abriga mais de 80 mil refugiados sírios, enfrenta pressão interna para distanciar-se do conflito, e os rebeldes não são sempre bem recebidos pelos residentes..
 
 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Al-Qaeda do norte da África pede mais mortes de americanos na região (Postado por Lucas Pinheiro)

 O braço da rede terrorista da Al-Qaeda no norte da África pediu que muçulmanos matem representantes do governo dos Estados Unidos na região em retaliação por um filme considerado insultuoso ao profeta Maomé, e elogiou o assassinato na semana passada do embaixador dos EUA na Líbia e outros três funcionários norte-americanos.

"Congratulamos nossos irmãos rebeldes muçulmanos que defenderam a honra do nosso profeta... e dizemos a eles: 'a morte do embaixador dos EUA é o melhor presente que vocês deram a esse governo arrogante e injusto'", disse a Al Qaeda no Magreb Islâmico (AQIM, na sigla em inglês), em comunicado publicado nesta terça-feira (18) em um site usado pelos militantes.

 A AQIM, braço da Al Qaeda no norte da África, pediu aos muçulmanos, em particular na Argélia, Tunísia, Marrocos e Mauritânia, que "matem embaixadores e representantes dos EUA ou os expulsem e purifiquem a nossa terra em vingança" pela honra do profeta.

O filme "A Inocência dos Muçulmanos", que teve trechos publicados na Internet, retrata o profeta Maomé como mulherengo e provocou ira entre os muçulmanos, despertando protestos violentos contra embaixadas dos EUA e de outros países ocidentais no norte da África e no Oriente Médio.

Quatro norte-americanos, incluindo o embaixador na Líbia, Christopher Stevens, foram mortos na cidade líbia de Benghazi, na terça-feira passada, após um protesto contra o filme.

Ao menos 17 pessoas morreram desde terça-feira em consequência dos protestos, que levaram os EUA a enviar tropas para reforçar a segurança de suas missões diplomáticas.

A AQIM surgiu em consequência do conflito civil na Argélia, mas gradualmente avançou para o Saara e aumentou sua participação em ataques recentemente, principalmente sequestrando ocidentais na região.

sábado, 15 de setembro de 2012

Al-Qaeda pede a muçulmanos para intensificar protestos anti-EUA (Postado por Lucas Pinheiro)

 A al-Qaeda na Península Arábica pediu aos muçulmanos que se unam para continuar os protestos e conseguir o fechamento das embaixadas dos Estados Unidos em seus países, segundo um comunicado divulgado neste sábado (15) pelo grupo terrorista.

Até esta sexta-feira (14), oito pessoas haviam morrido durante as manifestações, sendo três mortes na Tunísia, uma no Líbano, país que recebe a visita do papa Bento XVI, três no Sudão e uma no Egito.

Os protestos contra o filme ocorreram também na Austrália neste sábado. A polícia australiana teve de usar gás lacrimogênio e spray de pimenta para dispersar manifestantes que protestavam em Sidney. O protesto começou perto do consulado dos Estados Unidos em Sidney, onde centenas de pessoas se concentraram e se espalhou por diversas ruas do centro da cidade.

A organização solicitou "aos irmãos muçulmanos no Ocidente que realizem seus deveres para apoiar o profeta" Maomé, porque considerou que são mais capazes de se aproximar do "inimigo".

"O que aconteceu é algo muito grande, por isso devemos unir os diferentes esforços com um só objetivo que é a expulsão das embaixadas americanas dos países muçulmanos e que continuem as manifestações e protestos", diz a nota, cuja autenticidade não pôde ser verificada.

 Dentro desses esforços, a al-Qaeda apontou "como o melhor exemplo o que fizeram os netos de Omar Mukhtar (herói da independência líbia), que assassinaram o embaixador dos EUA".

A organização terrorista se referia à morte do embaixador americano na Líbia, Christopher Stevens, que morreu na terça-feira (11) passada junto com outras três pessoas em um ataque armado contra o consulado em Benghazi, no leste da Líbia, durante os protestos pelo vídeo do profeta Maomé.

Para a al-Qaeda na Península Arábica, que tem sua base no Iêmen, o fechamento das embaixadas e consulados norte-americanos será o passo "para a libertação dos países muçulmanos da hegemonia e da soberba americana".

 Em relação ao vídeo do profeta, considerado blasfemo pelos muçulmanos e que desencadeou ataques e protestos contra sedes diplomáticas dos EUA em vários países, o grupo terrorista assinalou que "se dá no marco de uma cadeia seguida de guerras cruzadas contra o Islã".

"Em resposta a estas contínuas agressões, os povos muçulmanos se sublevaram em seu apoio e zelo pela dignidade e honra de nosso profeta", acrescenta a nota, que ressalta que "esta ofensa transformou a malícia do inimigo em vergonha e infortúnio como castigo".

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Centenas de manifestantes invadem embaixada dos EUA no Iêmen (Postado por Lucas Pinheiro)

 Centenas de manifestantes invadiram o complexo onde fica a embaixada dos Estados Unidos em Sanaa, capital do Iêmen, nesta quinta-feira (13), em protesto contra um filme considerado blasfemo para o Islã e que vem gerando reações violentas em vários países muçulmanos -na mais grave delas, quatro diplomatas americanos foram mortos na Líbia.

Seguranças do edifício tentaram conter o protesto em Sanaa e chegaram a atirar para o alto.

Os manifestantes atearam fogo em carros estacionados no complexo.

 Testemunhas disseram que os manifestantes quebraram janelas de imóveis vizinhos ao da embaixada dos EUA antes de derrubarem o portão principal do prédio americano.

Não houve feridos, segundo as autoridades iemenitas.

 Egito
No Egito, novos confrontos em frente à embaixada americana, no Cairo, deixaram 13 feridos.

O presidente egípcio, o islamita Mohamed Morsi, criticou as ofensas ao profeta, mas pediu o fim da violência.

Quatro diplomatas mortos
Na quarta-feira (12), um ataque ao prédio do consulado dos EUA em Benghazi, na Líbia, matou quatro pessoas, entre elas o embaixador Chris Stevens.

Nesta quarta, os EUA anunciaram o envio à costa da Líbia de dois destróieres e uma equipe de fuzileiros especializada na luta antiterrorista.

Antes do ataque, o prédio americano foi cercado por manifestantes que protestavam contra o filme “Innocence of Muslims” (“A inocência dos Muçulmanos”), dirigido e produzido por Sam Bacile, que seria o pseudônimo de um israelense-americano que afirma que o Islã é "uma religião do ódio" e um "câncer".

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Obama promete 'justiça' após morte de embaixador em ataque na Líbia (Postado por Lucas Pinheiro)

 O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta quarta-feira (12) que será feita "justiça" no caso dos quatro americanos mortos em um ataque na cidade líbia de Benghazi na véspera, por conta de um filme considerado ofensivo ao Islã.

"Não se enganem: a justiça será feita", disse Obama, que prometeu trabalhar em conjunto com o governo líbio para trazer os responsáveis à justiça.

 Mais cedo, em nota, Obama havia condenado fortemente a morte do embaixador do país na Líbia, J. Christopher Stevens, e de três funcionários americanos, no que chamou de "ataque ultrajante".

Ele ordenou um reforço na segurança de postos diplomáticos americanos ao redor do mundo.

Os diplomatas foram mortos atingidos por um foguete no carro em que estavam em Benghazi, durante um protesto de islamitas radicais contra um filme, produzido nos EUA, considerado ofensivo para o Islã e para o profeta Maomé.

 As mortes coincidiram com o 11º aniversário dos ataques do 11 de Setembro, lembradas discretamente pelos americanos na terça.

Ataque
O ataque ao consulado americano ocorreu na noite de terça. Manifestantes armados cercaram o prédio e lançaram foguetes contra ele, informaram fontes líbias.

Segundo o porta-voz da Alta Comissão de Segurança do Ministério do Interior, Abdelmonoem al-Horr, as forças de segurança tentaram controlar a situação quando foguetes RPG foram disparados a partir de uma propriedade próxima.

"Dezenas de manifestantes atacaram o consulado e incendiaram o prédio", disse Omar, um morador de Benghazi, que escutou tiros em torno do edifício.

Outra testemunha confirmou os disparos em torno do consulado e revelou que homens armados, incluindo militantes salafistas, bloquearam as ruas que dão acesso ao prédio.

Stevens teria morrido em seu carro, quando tentava deixar o local.

Desculpas
O governo da Líbia pediu desculpas aos Estados Unidos pelas mortes.

 "Apresentamos nossas desculpas aos Estados Unidos, ao povo americano e ao mundo inteiro pelo que aconteceu", afirmou em Trípoli Mohamed al-Megaryef, presidente do Congresso Geral Nacional (CGN), principal autoridade política da Líbia.

"Estamos ao lado do governo americano em relação aos assassinos", disse Megaryef, que classificou o ataque de "covarde".

O ataque aconteceu na véspera da eleição do chefe de Governo do CGN, que terá como missão criar um exército e uma polícia profissionais.

O vice-premiê líbio, Mustafah Abu Shagur denunciou "atos barbárie".

A Líbia enfrenta instabilidade política desde a revolta popular que, no ano passado, com apoio ocidental, derrubou e matou o ditador Muammar Kadhafi. A cidade de Benghazi foi o foco da rebelião anti-Kadhafi

Egito
Horas antes, no Cairo, milhares de manifestantes, a maioria salafistas, protestaram diante da embaixada dos Estados Unidos para denunciar um filme "anti-islâmico" realizado por cristãos coptas residentes nos Estados Unidos.

Os manifestantes arrancaram a bandeira dos Estados Unidos e em seu lugar colocaram uma imensa bandeira negra com a frase: "não há mais Deus que Deus e Maomé é o seu profeta".

Nesta sexta, a Irmandade Muçulmana, principal força política egípcia, convocou "protestos pacíficos" conra o filme para esta sexta-feira.

Segundo o Wall Strett Journal, o filme, com o título "Innocence of Muslims" ("A inocência dos muçulmanos"), foi realizado pelo americano-israelense Sam Bacile.

Depois da manifestação no Cairo, Bacile declarou ao jornal que o Islã "é um câncer".

Os ataques na Líbia e Egito tiveram repercussões na campanha eleitoral nos Estados Unidos, onde o candidato republicano à presidência, Mitt Romney, acusou o presidente Obama de simpatia pelo extremistas muçulmanos.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Número de refugiados na Síria em crise supera 250 mil, diz ONU (Postado por Lucas Pinheiro)

 O número de refugiados sírios supera 250 mil pessoas, anunciou o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), cujo diretor, Antonio Guterres, e sua enviada especial, Angelina Jolie, estão atualmente na Jordânia.

"As últimas informações mostram que mais de 250 mil refugiados sírios (253.106 pessoas) foram registrados ou esperam para ser registrados na região", declarou o porta-voz do Acnur, Adrian Edwards.

 Na Jordânia, o Acnur contabilizou 85.197 refugiados, dos quais 35.961 esperam o registro.

Diante da situação, o Alto Comissariado decidiu enviar ao local Guterres e a atriz americana Angelina Jolie.

 Ao desembarcar, a estrela de Hollywood, acompanhada por militares jordanianos, visitou as famílias que haviam acabado de chegar à fronteira.

Nesta terça-feira, Guterres e Jolie visitam o acampamento Al Zaatri. Mais tarde terão uma reunião com o rei Abdullah II da Jordânia, com o primeiro-ministro Fayez Tarawneh e com o ministro das Relações Exteriores Nasser Judeh.

Ao mesmo tempo, o porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tarek Jasarevic, informou que o organismo pretende reforçar as atividades em Homs, onde "a situação é grave".

Segundo a OMS, a situação fica mais inquietante com a aproximação do inverno.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Bombardeios em bairros rebeldes de Aleppo matam 19 pessoas (Postado por Lucas Pinheiro)

 Dezenove pessoas, entre elas sete crianças, morreram na madrugada desta quarta-feira em bombardeios nos bairros rebeldes de Aleppo, a segunda maior cidade da Síria, cenário de violentos combates há um mês.

Nove pessoas morreram, incluindo sete crianças, nos bombardeios dos bairros de Marjeh e Hanano.

"Vários civis ficaram feridos, alguns em estado grave", anunciou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Outros 10 civis morreram no bombardeio do bairro de Bustane al-Basha.

 O novo mediador da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, lamentou na terça-feira o grande número de vítimas no conflito no país entre rebeldes e as forças do regime de Bashar al Assad.

Ele pediu o apoio da comunidade internacional na missão.

Segundo o OSDH, o conflito deixou mais de 26.000 mortos desde o início da revolta contra o regime, em março de 2011.