sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Riad critica lei dos EUA que permite processar governo saudita pelo 11/9


Para Casa Branca, lei põe em perigo relações entre EUA e Arábia Saudita.
Na quarta-feira, Congresso americano derrubou veto do presidente Obama.

Da Agência Efe
Congresso americano derrubou na quarta veto do presidente Obama (Foto: C-SPAN2 via AP)Congresso americano derrubou na quarta veto do presidente Obama (Foto: C-SPAN2 via AP)










O governo da Arábia Saudita criticou a recente entrada em vigor nos Estados Unidos de uma lei que permitiria aos americanos processar Riad por seu suposto papel nos atentados de 11 de setembro de 2001, informou a agência oficial saudita de notícias "SPA".
O Ministério saudita de Relações Exteriores afirmou em comunicado divulgado pela agência que a aprovação desta lei "é uma fonte de grande preocupação para os países que são contra debilitar a imunidade soberana".
Segundo o órgão, o princípio de afetar a imunidade soberana "influencia negativamente em todos os países, entre eles os Estados Unidos".
Além disso, acrescentou que muitos governos e dezenas de especialistas em segurança nacional americana mostraram uma "grande oposição" a essa lei, já que "sentiram o perigo que pode representar nas relações internacionais".
O ministério expressou esperança de que "o Congresso americano tome os passos necessários para evitar as graves consequências que podem resultar desta lei".
A "Lei de Justiça contra Promotores do Terrorismo" entrou automaticamente em vigor na quarta-feira passada, depois que a Câmara dos Representantes e o Senado anularam o veto do presidente, Barack Obama, à dita lei.
Tanto os democratas quanto os republicanos consideram que há provas de que altos funcionários sauditas estiveram envolvidos na rede de financiamento dos atentados de 11/9, nos quais morreram cerca de 3 mil pessoas, e que, portanto, os parentes das vítimas têm direito a processos coletivos contra Riad.
A Casa Branca argumenta que a legislação põe em perigo as relações entre EUA e Arábia Saudita e cria um perigoso precedente porque, com a desculpa da reciprocidade, poderia convidar outras nações a demandar em cortes estrangeiras contra diplomatas e militares americanos.
O governo saudita nega ter laços com os responsáveis dos ataques e fez um enorme esforço de pressão em Washington contra a lei, que abriria a porta a uma onda de processos e pedidos de indenizações dos familiares das vítimas dos ataques de 11 de setembro.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Manifestações terminam com pelo menos 1 morto e 35 feridos no Egito


Islamitas e forças de segurança se enfrentaram no Cairo e em Al Garbiya.
Do total de feridos, 21 tiveram alta e outros 14 permanecem internados.

Da EFE
Pelo menos uma pessoa morreu na sexta-feira (31) e outras 35 ficaram feridas nos enfrentamentos entre as forças de segurança e os grupos islamitas que se manifestavam em favor do presidente deposto do EgitoMohamed Morsi, informou neste sábado (1) o Ministério da Saúde do país.
O porta-voz do Ministério, Ahmed Kamel, detalhou em comunicado que os incidentes aconteceram no Cairo - a capital egípcia -, entre as 9h e 23h locais (5h e 19h de Brasília) e na província de Al Garbiya, no noroeste do país.
"21 dos feridos já tiveram alta, enquanto outros 14 permanecem em observação nos hospitais", afirmou o porta-voz.
A Aliança para a Defesa da Legitimidade, formada pela Irmandade Muçulmana e seus aliados islamitas, convoca protestos todas as sextas-feiras para pedir a restituição de Morsi, derrubado por um golpe de Estado no dia 3 de julho de 2013. As manifestações costumam ser duramente reprimidas pela polícia egípcia.
Postado por Carlos PAIM