Jornais do Iêmen (Blog N. 363 do Painel do Coronel Paim) - Parceria: Jornal O Porta-Voz
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
As autoridades do Irã averiguam as invasões que aconteceram na tarde de terça-feira na Embaixada britânica, após prender vários estudantes islâmicos que entraram, queimaram a bandeira e danificaram o prédio, informou o subcomandante da Polícia iraniana, Ahmaz Reza Radan.
De acordo com a agência oficial "Irna", Radan disse que há "um grupo" de estudantes detidos, enquanto a agência local "Fars", que não revela sua fonte, informa sobre 12 detidos, parte de um grupo de aproximadamente 200 que entraram violentamente nos jardins da Embaixada.
A "Fars" acrescenta que o grupo deteve durante várias horas seis trabalhadores da Embaixada, que foram resgatados pela Polícia e entregues a um representante do Reino Unido.
Radan afirmou que os fatos na Embaixada britânica "danificam o sentimento público" dos iranianos, em uma crítica aos estudantes islâmicos, que afirmam continuar seus protestos contra o Reino Unido e outros países ocidentais, que impuseram ou preparam sanções contra o Irã relacionadas com seu programa nuclear.
De acordo com Radan, o chefe da Polícia iraniana, Esmaiel Ahmadi Moqadam, visitou na terça-feira a Embaixada britânica para assegurar a segurança do embaixador e dos funcionários, após as invasões sofridas no prédio diplomático.
O Ministério de Relações Exteriores do Irã também lamentou o que chamou de "comportamento inaceitável de alguns manifestantes" e indicou sua intenção de "proteger e preservar os recintos e o pessoal diplomático".
Enquanto isso, após a concentração na frente da embaixada do Reino Unido ser dissolvida, os estudantes divulgaram uma nota ameaçando continuar com suas manifestações e protestos até que o Irã corte totalmente suas relações com o Reino Unido.
Entretanto, a Sociedade Islâmica de Universitários do Irã, que convocou a manifestação de terça-feira, pediu em comunicado que os estudantes não realizem concentrações na frente da Embaixada do Reino Unido.
Esta associação também reivindica ao Governo e ao Parlamento iranianos que rompam totalmente as relações com o Reino Unido "o mais rápido possível".
Além disso, a Sociedade de estudantes critica a Organização das Nações Unidas, que acusa de apoiar "a política hostil e colonial" dos Estados Unidos e outros Governos ocidentais e considera que o organismo internacional "perdeu sua legitimidade".
O Conselho de Segurança da ONU condenou as invasões à Embaixada do Reino Unido em Teerã e exigiu ao Irã que respeite suas obrigações internacionais e garanta "a proteção das pessoas e dos bens diplomáticos e consulares".
Nesta quarta-feira, o Reino Unido confirmou que esvaziará parte de sua equipe diplomática no Irã, para garantir sua segurança e de suas famílias, embora não tenha informado sobre quantos ficarão em Teerã.
As embaixadas europeias ainda não adotaram medidas especiais de segurança para seu pessoal e instalações, embora estejam atentas ao desenvolvimento da situação e mantenham reuniões para concordar eventuais planos de contingência, segundo disse à agência Efe uma fonte diplomática europeia em Teerã.
Os fatos de terça-feira aconteceram após a decisão de Teerã de reduzir suas relações com Londres ao nível de encarregado de negócios e expulsar o embaixador britânico, devido às novas sanções que o Reino Unido aplica contra o Irã por seu programa nuclear.
domingo, 27 de novembro de 2011
Liga Árabe deve impor sanções econômicas, comerciais à Síria
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BRASÍLIA – A Liga Árabe, que reúne 23 nações, decidiu que serão adotadas sanções à Síria. A ideia é definir medidas de restrições econômicas e comerciais ao país. Também são avaliadas as hipóteses de suspensão de voos para a Síria e o congelamento de bens relativos ao Banco Central do país. Porém, os detalhes não foram fornecidos pelos ministros da Fazenda árabes, que se reuniram no sábado (26), no Egito.
A medida é uma forma de pressionar o governo do presidente da Síria, Bashar Assad, que não respondeu aos árabes sobre o envio de 500 observadores estrangeiros ao país. Os representantes da Liga Árabe estenderão para hoje (27) a reunião.
Um dos cuidados da Liga Árabe é para evitar que as sanções venham a prejudicar a entrega de ajuda humanitária no território sírio. As autoridades árabes dizem que as sanções devem levar ao agravamento das condições na Síria, elevando o preço da gasolina e dos produtos alimentícios, além de acentuar o desemprego e a pobreza.
Para serem adotadas, as sanções terão de ser aprovadas por dois terços dos 22 países-membros da Liga Árabe – a Síria está suspensa, por isso o número de 22.
Desde março, os manifestantes pedem o fim do governo Assad. Reclamam da falta de liberdade de expressão, imprensa e opinião no país. Também há queixas de violações de direitos humanos. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que mais de 3,7 mil pessoas morreram em decorrência dos embates entre policiais e manifestantes em cidade sírias.
A medida é uma forma de pressionar o governo do presidente da Síria, Bashar Assad, que não respondeu aos árabes sobre o envio de 500 observadores estrangeiros ao país. Os representantes da Liga Árabe estenderão para hoje (27) a reunião.
Um dos cuidados da Liga Árabe é para evitar que as sanções venham a prejudicar a entrega de ajuda humanitária no território sírio. As autoridades árabes dizem que as sanções devem levar ao agravamento das condições na Síria, elevando o preço da gasolina e dos produtos alimentícios, além de acentuar o desemprego e a pobreza.
Para serem adotadas, as sanções terão de ser aprovadas por dois terços dos 22 países-membros da Liga Árabe – a Síria está suspensa, por isso o número de 22.
Desde março, os manifestantes pedem o fim do governo Assad. Reclamam da falta de liberdade de expressão, imprensa e opinião no país. Também há queixas de violações de direitos humanos. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que mais de 3,7 mil pessoas morreram em decorrência dos embates entre policiais e manifestantes em cidade sírias.
sábado, 26 de novembro de 2011
Governo do Iêmen antecipa eleições presidenciais para 21 de fevereiro (Postado por Lucas Pinheiro)
O governo do Iêmen convocou eleições presidenciais antecipadas para 21 de fevereiro de 2012, seguindo o acordo que prevê a saída do presidente Ali Abdullah Saleh após 10 meses de protestos. O decreto foi assinado neste sábado (26) pelo vice-presidente do país, Abd-Rabbu Mansour Hadi.
Agências de notícias reportaram que o vice-presidente emitiu o decreto definindo uma nova data após a autorização de Saleh. A data de 21 de fevereiro coincide com o fim do período de transição de 90 dias, que começou com a assinatura para a saída de Saleh. O documento diz que nenhum partido tem o direito de anular ou alterar o decreto.
Saleh assinou um acordo na última quarta-feira (23) em que concordou transferir seus poderes para o vice-presidente após 33 anos de mandato. Ele deve transferir o poder durante um período intermediário em troca de imunidade para ele e sua família.
A eleição presidencial estava prevista inicialmente para 2013. Hadi será presidente até a realização do pleito. Ele vai formar um novo governo de união com a oposição, que ficará encarregada de supervisionar o diálogo nacional e elaborar a nova constituição.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
A uma semana das eleições, confrontos continuam no Egito (Postado por Erick Oliveira)
Os confrontos entre manifetantes e policiais continuaram nesta terça-feira (22) nas ruas do Cairo, capital do Egito, enquanto a contestada junta militar decidia o que fazer após a renúncia do gabinete provisório de ministros.
A tensão política cresce no país, a uma semana das primeiras eleições livres após a ditadura de Hosni Mubarak.
Milhares de pessoas voltaram a encarar as tropas, que reagiram com gás na emblemática Praça Tahrir, foco dos protestos que derrubaram Mubarak.
Desde sábado, pelo menos 36 pessoas morreram e 1.250 ficaram feridas nos confrontos.
Irmandade Muçulmana
A Irmandade Muçulmana, a força política mais organizada do Egito, anunciou que participará em uma reunião de diálogo convocada pelo governo militar.
"O Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA) convocou uma reunião e vamos participar", afirmou à France Presse Saad al-Katatny, secretário-geral do Partido da Liberdade e da Justiça, ligado à Irmandade.
O CFSA pediu um diálogo "urgente" depois que o governo civil pediu demissão em consequência da repressão dos últimos dias, que matou 26 pessoas.
Ocidente
Os EUA pediram calma para todos os envolvidos da crise e apelaram para que as eleições, marcadas para começar na próxima segunda-feira, sejam mantidas. Líderes europeus fizeram apelos semelhantes.
A tensão política cresce no país, a uma semana das primeiras eleições livres após a ditadura de Hosni Mubarak.
Milhares de pessoas voltaram a encarar as tropas, que reagiram com gás na emblemática Praça Tahrir, foco dos protestos que derrubaram Mubarak.
Desde sábado, pelo menos 36 pessoas morreram e 1.250 ficaram feridas nos confrontos.
Irmandade Muçulmana
A Irmandade Muçulmana, a força política mais organizada do Egito, anunciou que participará em uma reunião de diálogo convocada pelo governo militar.
"O Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA) convocou uma reunião e vamos participar", afirmou à France Presse Saad al-Katatny, secretário-geral do Partido da Liberdade e da Justiça, ligado à Irmandade.
O CFSA pediu um diálogo "urgente" depois que o governo civil pediu demissão em consequência da repressão dos últimos dias, que matou 26 pessoas.
Ocidente
Os EUA pediram calma para todos os envolvidos da crise e apelaram para que as eleições, marcadas para começar na próxima segunda-feira, sejam mantidas. Líderes europeus fizeram apelos semelhantes.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Número de mortos em confrontos de rua na capital do Egito chega a 22 (Postado por Erick Oliveira)
Os confrontos entre a polícia e manifestantes que exigem, há três dias, a saída do governo militar, deixaram 22 mortos, 21 no Cairo e um em Alexandria, anunciaram nesta segunda-feira (21) funcionários de um necrotério da capital.
Um registro anterior indicava na manhã desta segunda-feira 33 mortos desde sábado, mas o necrotério reconheceu uma confusão na contagem de vítimas.
"Onze corpos correspondem a pessoas mortas em circunstâncias que não têm relação alguma com os enfrentamentos da Praça Tahrir", declarou um funcionário do necrotério.
Esse novo registro coincide com o do Ministério da Saúde, que havia indicado 22 mortos e centenas de feridos."O número de mortos na Tahrir (Cairo) e em outras províncias chega a 22" desde que começaram os distúrbios, no sábado passado, havia indicado o Ministério da Saúde, que anunciava 1.700 feridos.
Os enfrentamentos prosseguiram na manhã desta segunda-feira entre a polícia, que disparava bombas de gás lacrimogêneo, e centenas de manifestantes divididos em pequenos grupos na praça e nas imediações. Estes respondiam jogando pedras.Estes incidentes foram registrados a uma semana do início, em 28 de novembro, das primeiras eleições legislativas depois da queda em fevereiro do presidente Hosni Mubarak, obrigado a renunciar por uma revolta popular, dentro do contexto da Primavera Árabe.
Os manifestantes exigem o fim do poder militar instaurado depois da queda de Mubarak. A revolta popular é dirigida em particular contra o marechal Hussein Tantaui, chefe do Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA) e governante de fato do país.
Ministro renuncia
O ministro da Cultura do Egito renunciou em protesto contra a repressão, informou a agência oficial Mena.
Emad Abu Ghazi entregou sua renúncia ao Conselho Supremo das Forças Armadas - que assumiu o poder quando Hosni Mubarak foi tirado do poder - em protesto contra a forma que o governo conduziu os recentes eventos na Praça Tahrir.
Um registro anterior indicava na manhã desta segunda-feira 33 mortos desde sábado, mas o necrotério reconheceu uma confusão na contagem de vítimas.
"Onze corpos correspondem a pessoas mortas em circunstâncias que não têm relação alguma com os enfrentamentos da Praça Tahrir", declarou um funcionário do necrotério.
Esse novo registro coincide com o do Ministério da Saúde, que havia indicado 22 mortos e centenas de feridos."O número de mortos na Tahrir (Cairo) e em outras províncias chega a 22" desde que começaram os distúrbios, no sábado passado, havia indicado o Ministério da Saúde, que anunciava 1.700 feridos.
Os enfrentamentos prosseguiram na manhã desta segunda-feira entre a polícia, que disparava bombas de gás lacrimogêneo, e centenas de manifestantes divididos em pequenos grupos na praça e nas imediações. Estes respondiam jogando pedras.Estes incidentes foram registrados a uma semana do início, em 28 de novembro, das primeiras eleições legislativas depois da queda em fevereiro do presidente Hosni Mubarak, obrigado a renunciar por uma revolta popular, dentro do contexto da Primavera Árabe.
Os manifestantes exigem o fim do poder militar instaurado depois da queda de Mubarak. A revolta popular é dirigida em particular contra o marechal Hussein Tantaui, chefe do Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA) e governante de fato do país.
Ministro renuncia
O ministro da Cultura do Egito renunciou em protesto contra a repressão, informou a agência oficial Mena.
Emad Abu Ghazi entregou sua renúncia ao Conselho Supremo das Forças Armadas - que assumiu o poder quando Hosni Mubarak foi tirado do poder - em protesto contra a forma que o governo conduziu os recentes eventos na Praça Tahrir.
sábado, 19 de novembro de 2011
Filho de Kadhafi é capturado no sul da Líbia, diz ministro da Justiça (Postado por Lucas Pinheiro)
Saif al-Islam Kadhafi, filho do ex-ditador líbio Muammar Kadhafi, foi detido no sul da Líbia, informou o ministro da Justiça e Direitos Humanos do Conselho Nacional de Transição (CNT), Mohamed al Allagui, neste sábado (19).
"Saif al-Islam, procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), foi detido no sul da Líbia", declarou Mohamed al Allagui. Não foram revelados até o momento detalhes da operação.
Uma fonte do "conselho dos thowar" (revolucionários) de Trípoli, um grupo de ex-combatentes rebeldes, também confirmou a detenção a agências internacionais.
Um repórter da Reuters estava no avião que levou o prisioneiro do deserto onde ele foi capturado até a cidade de Zintan. O homem que se recusou a confirmar sua identidade trajava vestes tradicionais e tinha um cachecol sobre o rosto, mas era possível ver a barba escura e os óculos que caracterizam Saif al-Islam.
O jornalista da Reuters disse ainda que manifestantes tentaram invadir o avião para agredir o prisioneiro, mas os soldados do CNT conseguiram impedi-los.
O TPI emitiu em 27 de junho ordens de prisão contra Muammar Kadhafi (morto em 20 de outubro depois de ter sido capturado por combatentes do CNT), seu filho Saif al-Islam e o chefe do serviço de inteligência Abdallah al-Senusi.
Segundo informações preliminares, um grupo de seguranças pessoais de Saif al-Islam também foi detido. O ministro informou que o filho de Kadhafi "está com boa saúde".
A televisão oficial do CNT publicou uma imagem de Saif recostado sobre um sofá, enrolado em um cobertor, com curativos nos dedos das mãos.
"Saif al-Islam, procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), foi detido no sul da Líbia", declarou Mohamed al Allagui. Não foram revelados até o momento detalhes da operação.
Uma fonte do "conselho dos thowar" (revolucionários) de Trípoli, um grupo de ex-combatentes rebeldes, também confirmou a detenção a agências internacionais.
Um repórter da Reuters estava no avião que levou o prisioneiro do deserto onde ele foi capturado até a cidade de Zintan. O homem que se recusou a confirmar sua identidade trajava vestes tradicionais e tinha um cachecol sobre o rosto, mas era possível ver a barba escura e os óculos que caracterizam Saif al-Islam.
O jornalista da Reuters disse ainda que manifestantes tentaram invadir o avião para agredir o prisioneiro, mas os soldados do CNT conseguiram impedi-los.
O TPI emitiu em 27 de junho ordens de prisão contra Muammar Kadhafi (morto em 20 de outubro depois de ter sido capturado por combatentes do CNT), seu filho Saif al-Islam e o chefe do serviço de inteligência Abdallah al-Senusi.
Segundo informações preliminares, um grupo de seguranças pessoais de Saif al-Islam também foi detido. O ministro informou que o filho de Kadhafi "está com boa saúde".
A televisão oficial do CNT publicou uma imagem de Saif recostado sobre um sofá, enrolado em um cobertor, com curativos nos dedos das mãos.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Liga Árabe quer deter 'derramamento de sangue na Síria' (Postado por Danuza Peixoto)
"Temos que fazer o possível para deter o derramamento de sangue que continua na Síria", declarou nesta quarta-feira em Rabat o secretário geral da Liga Árabe, Nabil al Arabi. Ele afirmou que espera "êxito dos esforços" árabes para enviar à Síria observadores para garantir a proteção da população civil.
O conflito já provocou a morte de mais de 3.500 pessoas desde meados de março, segundo a ONU. A Liga concordou em enviar 500 membros das organizações árabes dos direitos Humanos, imprensa e observadores militares para a Síria, informou um responsável da entidade.
Contudo, de acordo com Al Arabi, os observadores não irão para a Síria até que um protocolo de entendimento com Damasco seja firmado. "Nenhum membro da delegação das organizações árabes encarregadas da proteção dos civis partirá à Síria até a assinatura do protocolo, que deverá definir claramente os deveres e direitos de cada parte".
Damasco pediu no domingo que os países árabes enviem ministros à Síria para avaliar a situação e supervisionar a aplicação do plano árabe para resolver a crise. O país cogitou a ideia de receber uma delegação de "observadores, especialistas civis e militares e da imprensa árabe".
O envio de observadores será um dos temas abordados na reunião da Liga Árabe nesta quarta-feira durante a tarde em Rabat.
A Síria também pediu a realização de uma reunião árabe sobre a crise, mas as monarquias do Golfo se opuseram.
O conflito já provocou a morte de mais de 3.500 pessoas desde meados de março, segundo a ONU. A Liga concordou em enviar 500 membros das organizações árabes dos direitos Humanos, imprensa e observadores militares para a Síria, informou um responsável da entidade.
Contudo, de acordo com Al Arabi, os observadores não irão para a Síria até que um protocolo de entendimento com Damasco seja firmado. "Nenhum membro da delegação das organizações árabes encarregadas da proteção dos civis partirá à Síria até a assinatura do protocolo, que deverá definir claramente os deveres e direitos de cada parte".
Damasco pediu no domingo que os países árabes enviem ministros à Síria para avaliar a situação e supervisionar a aplicação do plano árabe para resolver a crise. O país cogitou a ideia de receber uma delegação de "observadores, especialistas civis e militares e da imprensa árabe".
O envio de observadores será um dos temas abordados na reunião da Liga Árabe nesta quarta-feira durante a tarde em Rabat.
A Síria também pediu a realização de uma reunião árabe sobre a crise, mas as monarquias do Golfo se opuseram.
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Confronto mata 40 manifestantes na Síria, dizem ativistas (Postado por Lucas Pinheiro)
Pelo menos 40 sírios morreram nesta segunda-feira (14) em confrontos entre forças leais ao presidente Bashar al Assad e insurgentes em uma cidade perto da fronteira com a Jordânia, disseram ativistas locais, no primeiro caso de uma grande resistência armada a Assad na região.
Eles disseram que as tropas apoiadas por blindados mataram 20 pessoas, entre elas desertores do Exército, insurgentes e civis, em uma operação em Khirbet Ghazaleh, e no confronto que seguiu-se perto da cidade.
Um número similar de soldados foi morto, disseram os ativistas.
Eles disseram que as tropas apoiadas por blindados mataram 20 pessoas, entre elas desertores do Exército, insurgentes e civis, em uma operação em Khirbet Ghazaleh, e no confronto que seguiu-se perto da cidade.
Um número similar de soldados foi morto, disseram os ativistas.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Síria tem 17 mortos em nova jornada de repressão a protestos de sexta (Postado por Lucas Pinheiro)
As forças de segurança mataram 17 pessoas nesta sexta-feira (4) na Síria, onde são mantidas as manifestações "contra os déspotas e tiranos", convocadas por ativistas pró-democracia que duvidam que o regime sírio tenha a intenção de aplicar o anunciado plano árabe para pôr fim à crise.
O plano da Liga Árabe prevê o fim da violência, a libertação das pessoas detidas durante a repressão, a retirada do Exército das ruas e a livre circulação dos observadores e da imprensa internacional, antes do início de um diálogo entre o regime e a oposição.
No entanto, apesar de o regime do presidente Bashar al-Assad ter decidido na quarta-feira (2) aceitar "sem reservas" esta iniciativa, a repressão, que já causou, segundo a ONU, a morte de cerca de 3 mil pessoas desde meados de março, não dá sinais de arrefecimento.
Seis civis morreram nesta sexta-feira em Homs (centro), um dos bastiões da revolta, quatro em Hama, mais ao norte, e cinco na província de Damasco, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). A maior parte das vítimas foi morta a tiros.
As forças de segurança também mataram um civil e um soldado desertor na região de Tal Shihab, na fronteira com a Jordânia, quando tentavam deixar o país, acrescentou a fonte.
Nas cidades litorâneas de Banias e de Latakia, as forças de segurança cercaram várias mesquitas para impedir as concentrações de fiéis típicas do final da grande oração das sextas-feiras.
Além disso, houve dezenas de detenções em Banias, incluindo quatro menores de idade membros da família do presidente do OSDH, Rami Abdel Rahman, que vive no Reino Unido.
A Liga Árabe pediu nesta sexta-feira (4) aos jornalistas que solicitem às autoridades sírias a autorização necessária para poder "fazer seu trabalho", como contempla o plano de solução da crise.
Apesar da repressão, os ativistas se mantêm firmes. Como a cada sexta-feira desde meados de março, os sírios foram convocados a se manifestar, desta vez sob o lema "Alá é grande, contra os déspotas e os tiranos".
Um vídeo divulgado no YouTube mostrou dezenas de manifestantes, alguns deles encapuzados, protestando em um bairro de Damasco contra Assad. Também houve manifestações nos arredores da capital e em outras cidades, de norte a sul.
"Quanto mais o regime reprimir e matar, mais determinados ficaremos (...). O regime caiu no primeiro dia em que pedimos liberdade, e quando a primeira gota de sangue foi derramada pelas balas disparadas pelos tiranos", indica a página Facebook "Syrian Revolution 2011".
"Para preservar a segurança e a ordem pública", as autoridades sírias prometeram uma anistia aos proprietários de armas que se entregarem à polícia durante os próximos oito dias, "caso não tenham cometido assassinatos", indicou a imprensa oficial.
Os Estados Unidos advertiram na quinta-feira (3) que a Síria se isolará ainda mais se não aplicar o plano árabe.
Entretanto, no Líbano, o primeiro-ministro Nayib Mikati, cujo governo é dominado pelo Hezbollah, um aliado de Damasco, reconheceu "casos isolados" de sequestros de opositores sírios no país.
O plano da Liga Árabe prevê o fim da violência, a libertação das pessoas detidas durante a repressão, a retirada do Exército das ruas e a livre circulação dos observadores e da imprensa internacional, antes do início de um diálogo entre o regime e a oposição.
No entanto, apesar de o regime do presidente Bashar al-Assad ter decidido na quarta-feira (2) aceitar "sem reservas" esta iniciativa, a repressão, que já causou, segundo a ONU, a morte de cerca de 3 mil pessoas desde meados de março, não dá sinais de arrefecimento.
Seis civis morreram nesta sexta-feira em Homs (centro), um dos bastiões da revolta, quatro em Hama, mais ao norte, e cinco na província de Damasco, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). A maior parte das vítimas foi morta a tiros.
As forças de segurança também mataram um civil e um soldado desertor na região de Tal Shihab, na fronteira com a Jordânia, quando tentavam deixar o país, acrescentou a fonte.
Nas cidades litorâneas de Banias e de Latakia, as forças de segurança cercaram várias mesquitas para impedir as concentrações de fiéis típicas do final da grande oração das sextas-feiras.
Além disso, houve dezenas de detenções em Banias, incluindo quatro menores de idade membros da família do presidente do OSDH, Rami Abdel Rahman, que vive no Reino Unido.
A Liga Árabe pediu nesta sexta-feira (4) aos jornalistas que solicitem às autoridades sírias a autorização necessária para poder "fazer seu trabalho", como contempla o plano de solução da crise.
Apesar da repressão, os ativistas se mantêm firmes. Como a cada sexta-feira desde meados de março, os sírios foram convocados a se manifestar, desta vez sob o lema "Alá é grande, contra os déspotas e os tiranos".
Um vídeo divulgado no YouTube mostrou dezenas de manifestantes, alguns deles encapuzados, protestando em um bairro de Damasco contra Assad. Também houve manifestações nos arredores da capital e em outras cidades, de norte a sul.
"Quanto mais o regime reprimir e matar, mais determinados ficaremos (...). O regime caiu no primeiro dia em que pedimos liberdade, e quando a primeira gota de sangue foi derramada pelas balas disparadas pelos tiranos", indica a página Facebook "Syrian Revolution 2011".
"Para preservar a segurança e a ordem pública", as autoridades sírias prometeram uma anistia aos proprietários de armas que se entregarem à polícia durante os próximos oito dias, "caso não tenham cometido assassinatos", indicou a imprensa oficial.
Os Estados Unidos advertiram na quinta-feira (3) que a Síria se isolará ainda mais se não aplicar o plano árabe.
Entretanto, no Líbano, o primeiro-ministro Nayib Mikati, cujo governo é dominado pelo Hezbollah, um aliado de Damasco, reconheceu "casos isolados" de sequestros de opositores sírios no país.