terça-feira, 13 de outubro de 2015

Coligação Árabe síria recebe munições dos EUA

13/10 01:36 CET
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Washington reorganiza a estratégia na guerra civil síria, dez dias após a entrada em cena da Rússia, agora acusada de visar os opositores de Bachar al-Assad.
Os Estados Unidos estão a despejar munições aos “grupos árabes” no norte da Síria por aviões C-17 de carga.
Mais de 50 toneladas de material de pequeno calibre e granadas foram enviadas desta forma à “Coligação Árabe síria”, composta por grupos que lutam há vários meses no nordeste do país contra a Daesh, na região norte de Raqa.
Esta aliança inclui um total de 4.5000 combatentes, e pode receber igualmente apoio aéreo da coligação liderada pelos os EUA.
O ponta de lança nesta frente é a milícia curda síria YPG (Unidades de Proteção do povo curdo) que anunciou a criação desta aliança.
Apoiadas pelos bombardeios russos, as tropas leais ao governo de Assad conseguiram retomar áreas rurais da província de Hama e da planície de Sahl al-Ghab.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Nobel da Paz distingue diálogo nacional após “primavera árabe” na Tunísia

09/10 11:37 CET

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Um prémio Nobel da Paz para o diálogo nacional na Tunísia, após a primeira das chamadas revoluções árabes.
O Comité norueguês do prémio distinguiu o quarteto de organizações da sociedade civil, formado em 2013, para tentar ultrapassar o impasse político e evitar uma guerra civil, após a queda do ex-presidente Ben Ali.
O quarteto é formado pela União de Sindicatos, a Confederação da Indústria, a Liga dos Direitos Humanos e a Ordem Nacional dos advogados da Tunísia.
O Comité do prémio justificou a escolha, sublinhando, “a contribuição decisiva do quarteto para a construção de uma democracia plural”.
Na lista de 273 candidatos deste ano figuravam nomes como o Papa Francisco, vários militantes anti-nuclear, a Chanceler Alemã Angela Merkel, ou os protagonistas do recente acordo sobre o nuclear iraniano.
O prémio, que inclui um cheque de cerca de 855 mil euros, será entregue em Oslo, durante uma cerimónia agendada para o dia 10 de dezembro, data aniversária da morte de Alfred Nobel, o fundador dos prémios.
Na longa lista de personalidades distinguidas com o prémio, encontra-se a afegã Malala Yousafzai, no ano passado, a Organização para a Proibição das Armas Químicas, um ano antes, a União Europeia, em 2012, ou o presidente norte-american Barack Obama, em 2009.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Turquia denuncia novo incidente com avião na fronteira com a Síria

Segundo governo, caças turcos sofreram perseguição de MiG-29.
Otan acusou Rússia de entrar no espaço aéreo turco.

Da France Presse
O exército turco denunciou a "perseguição" que caças F-16 do país sofreram de um MiG-29 não identificado na fronteira síria, depois que a Otan acusou nesta terça-feira (6) a Rússia de entrar no espaço aéreo da Turquia durante suas operações na Síria.
"Oito aviões F-16 turcos realizavam voos de reconhecimento sobre a fronteira turco-síria e, durante sua missão, nossos aviões estiveram na mira de um MiG-29 não identificado durante um tempo total de quatro minutos e 30 segundos", afirma o exército da Turquia em um comunicado.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse nesta terça duvidar da explicação do governo russo de que foi por erro que violou no fim de semana o espaço aéreo da Turquia, país membro da Otan, perto da Síria, e fez um chamado à Rússia para que não repita essas incursões.
Depois da inesperada iniciativa da Rússia de lançar ataques aéreos na Síria, posta em prática na semana passada, Stoltenberg disse que a Otan também obteve relatos de um substancial acúmulo militar russo no país, incluindo tropas terrestres e navios na costa síria, no Mediterrâneo.
"Não vou especular sobre os motivos, mas esse não parece ser um acidente, e vimos dois deles", disse Stoltenberg sobre as incursões aéreas na região de Hatay. Ele observou que "durou por muito tempo".
Os incidentes, que a Otan descreveu como "extremamente perigosos" e "inaceitáveis", evidenciam os riscos de uma escalada internacional da guerra civil síria, já que aviões russos e norte-americanas realizam missões de combate no mesmo país pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial .

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

'EI' explode Arco de Palmira: Por que o grupo destrói sítios arqueológicos

Para especialista, destruição que parece insana e motivada apenas pela intolerância faz parte de elaborado jogo com objetivos políticos e econômicos.

David Roberts Da BBC
O grupo autodenominado "Estado Islâmico" (EI) destruiu no domingo (4) outro monumento da cidade antiga de Palmira, na Síria.
O Arco do Triunfo de Palmira foi "pulverizado" por combatentes que controlam a região, segundo a declaração de um ativista morador de Palmira à agência de notícias AFP.
Acredita-se que a construção tivesse cerca de 2 mil anos de idade.
Os combatentes do EI já tinham destruído dois templos na cidade antiga em agosto -- descrita pela Unesco como um dos mais importantes polos culturais da Antiguidade.
O grupo radical islâmico também se engajou ativamente na destruição sistemática de acervos de museus iraquianos e bens de inestimável valor histórico e cultural.
No entanto, apesar de ser vista como "crime de guerra" pelo Ocidente, toda essa destruição parece fazer sentido para o grupo. No oitavo número de sua revista, a Dabiq, o EI diz que vê a herança cultural antiga como um desafio para a lealdade do povo iraquiano ou sírio ao próprio grupo.
Portanto, destruir este patrimônio seria uma forma de rejeitar a "pauta nacionalista" que as estátuas, templos e até a cidades históricas representam.
Em um sentido mais amplo, eles se veem motivados a atacar o politeísmo onde quer que esteja e rejeitar a adoração de "ídolos" e dos locais erguidos para tal.
Por isso, causa pouca surpresa o fato de o grupo destruir locais ligados à história ou cultura muçulmana xiitas e sufi -- e até mesmo a sunitas como eles.
A ideologia do EI despreza outras variantes do islamismo mais até do que o cristianismo ou judaísmo.
No entanto, o artigo na revista Dabiq não entra no aspecto mais político ou prático dessa destruição: ela dá dinheiro e enche os cofres do EI.
Partes de estátuas se juntam às antiguidades pilhadas pelo grupo que são comercializadas no Ocidente. A ONU acredita que este tipo de comércio ocorre em escala industrial e gera milhões de dólares.
E há também o apelo direto da provocação. Vídeos e notícias de destruição de patrimônios históricos chocam e causam revolta em vários lugares do mundo.
O EI parece tirar proveito da lógica do ex-líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, de querer instigar o ódio e atrair os Estados Unidos e o Ocidente para uma sangrenta guerra "contra o Islã".
Neste sentido, declarações como a da diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, dizendo que a destruição em Palmira é um "crime de guerra" e pedindo que a comunidade internacional se una contra os esforços do EI de "despojar o povo sírio de seu conhecimento, identidade e história", acabam sendo uma faca de dois gumes.
Apelos internacionais e a divulgação maciça da destruição deixada pelo EI correram as redes sociais -- o que é exatamente o que o EI quer. Mas a internet não pode ser "desinventada", não há como impedir que essas notícias cheguem ao conhecimento das pessoas.
Portanto, o que resta é expor, com raciocínio claro e objetivo, as hipocrisias, práticas e banalidades das políticas do EI como uma organização política.
David Roberts é um palestrante em do Departamento de Estudos de Defesa do King's College, em Londres.

domingo, 4 de outubro de 2015

Médico Sem Fronteiras diz que hospital 'já não está operacional'

Anúncio foi feito pelo Twitter da porta-voz da ONG no Afeganistão.
Suposto bombardeio dos EUA deixou 19 mortos; Obama diz que vai apurar.

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http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/10/medico-sem-fronteiras-diz-que-hospital-ja-nao-esta-operacional.html