Egito tem novo dia de manifestações

Oposição adere a protesto e infla desejo de depor presidente em exercício

Os protestos contra o presidente egípcio, Hosni Mubarak, se estenderam por toda a capital Cairo, ontem, dia tradicional de orações, quando milhares de pessoas saíram às ruas para pedir a queda do regime.

A polícia tentou dispersar a multidão usando gás lacrimogêneo e jatos de água ao término da oração na qual participou o opositor egípcio Mohamed El Baradei junto a 2 mil pessoas. Os fieis oravam diante de uma grande mesquita do Bairro de Guiza, e gritavam “Abaixo Hosni Mubarak!” imediatamente depois de terminada a oração, em meio a um importante dispositivo de segurança. Este quarto dia de protestos recebeu, além disso, o apoio da Irmandade Muçulmana, principal força da oposição, que até agora apoiava sem grande entusiasmo as marchas convocadas por núcleos de jovens com aspirações democráticas.

Durante a madrugada, foram detidos pelo menos 20 dirigentes da Irmandade Muçulmana, segundo o advogado do movimento.

A Vodafone e a France Telecom, empresas que operam telefonia celular no Egito, informaram, ontem, que o governo do país ordenou a suspensão desses serviços. Segundo a britânica Vodafone, todas as empresas de telefonia móvel no Egito receberam instruções para suspender seus serviços em algumas áreas. Pela lei egípcia, as autoridades têm o direito de emitir esse tipo de ordem e a Vodafone é abrigada a cumpri-la, informou a empresa em comunicado