sábado, 5 de fevereiro de 2011

Obama pede que “transição
pacífica comece agora” no Egito

Presidente americano está preocupado com as agressões a jornalistas
Do R7, com agências internacionais

Após se reunir com líderes estrangeiros neste sábado (5) para discutir a crise no Egito, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu que "uma transição ordenada e pacífica comece agora", segundo informou a Casa Branca.

Obama se reuniu com o príncipe Mohammed bin Zayed, dos Emirados Árabes, com o primeiro-ministro britânico David Cameron e com a chanceler alemã, Angela Merkel, de acordo com o comunicado da presidência dos EUA.

Segundo a nota, Obama enfatizou a importância de que uma “transição ordenada e pacífica comece agora em direção a um governo sensível às aspirações do povo egípcio, incluindo a credibilidade, assim como as negociações entre o governo e a oposição".

Além disso, o presidente americano está preocupado com as agressões a jornalistas e a grupos de direitos humanos.

- Ele [Obama] reiterou que o governo do Egito tem a responsabilidade de proteger os direitos de seu povo e de libertar, imediatamente, aqueles que foram detidos injustamente.

O comunicado de Washington ocorre após o governo Obama classificar como "passo positivo" a renúncia dos líderes do partido do presidente Hosni Mubarak, ocorrida neste sábado.

Entre as autoridades que deixaram o comando da sigla governista, está Gamal Mubarak, filho do presidente, tido como seu provável sucessor antes da crise política.

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Segundo um funcionário da Casa Branca, Washington espera ainda por outras medidas rumo a uma “mudança política necessária” no Egito.


Governo desautoriza enviado de Obama

O governo dos Estados Unidos se distanciou neste sábado das declarações de seu enviado especial ao Egito, Frank Wisner, que sugeriu que o presidente Hosni Mubarak permaneça no poder durante a transição.

Wisner, um influente diplomata aposentado e ex-embaixador dos EUA no Egito, se reuniu com Mubarak nesta semana a pedido de Obama. Mais cedo, Wisner afirmou que Mubarak era um "velho amigo" dos Estados Unidos e disse que ele "deveria permanecer no cargo para conduzir as mudanças".

Mas, de acordo com um funcionário da Casa Branca, Wisner "falava em seu nome e não em nome do governo dos Estados Unidos".

Outro funcionário da presidência americana, que também não quis se identificar, afirmou que o ex-diplomata estava dando sua opinião pessoal.

- Frank Wisner estava falando como um cidadão privado... Analista... Não como um representante do governo americano.

Na sexta-feira (4), Obama afirmou que o orgulhoso "patriota" Mubarak deveria ouvir seu povo e tomar "a decisão correta". Com isso, ele evitou pedir de forma explícita a saída imediata do presidente egípcio.

De acordo com o jornal The New York Times, o vice-presidente do Egito, Omar Suleiman, e militares de alto escalão estudavam alternativas para Mubarak deixar o poder de forma honrosa.

Mubarak, que lidera o Egito há mais de três décadas, afirmou que gostaria de deixar o poder, mas ressaltou que precisa ficar para não deixar o Egito mergulhar no "caos".

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