quinta-feira, 10 de maio de 2012

Número de mortes em explosões na capital da Síria sobe a 55, diz governo (Postado por Lucas Pinheiro)

Pelo menos 55 pessoas morreram e 372 ficaram feridas nesta quinta-feira (10), após duas explosões na zona de Qazaz, periferia de Damasco, informou o Ministério do Interior da Síria.

Balanço anterior falava em 40 mortos e 170 feridos.

A maioria das vítimas, segundo o ministério, são civis.

O ataque está sendo considerado o mais violento desde o início da revolta contra o presidente Bashar al Assad, em março do ano passado, que já deixou mais de 11 mil mortos, em sua maioria civis, segundo avaliação da oposição.

Oito sacos estão cheios com restos humanos, informou a televisão citando o ministério da Saúde.

O governo e a oposição se acusam mutuamente pelos atentados, "os mais importantes na Síria desde o início da revolta" em março de 2011, segundo o opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

O atentado ocorreu às 8h locais (2h de Brasília), na hora do rush, perto de uma sede dos serviços de Inteligência, onde vários veículos foram incendiados.

Uma das explosões deixou um enorme buraco no solo.

A agência de notícias oficial "Sana" informou que os observadores da ONU inspecionaram o local onde aconteceram os dois ataques.

O chefe dos observadores da ONU na Síria, general Robert Mood, pediu ajuda internacional para conter a violência no país.

“Peço ajuda a todo o mundo na Síria e no exterior para deter a violência”, afirmou, ao chegar ao local do duplo atentado.

Os observadores se encontram na Síria para verificar o cumprimento do plano de paz da ONU que estipula, entre outras coisas, um cessar-fogo, em vigor desde 12 de abril.

Annan lamenta
O mediador internacional Kofi Annan condenou as duas explosões e pediu às forças sírias e aos combatentes da oposição que acabem com o derramamento de sangue, cumprindo a trégua.


"Estes atos abomináveis são inaceitáveis e a violência na Síria deve parar", disse Annan em um comunicado emitido em Genebra.

"Qualquer ação que sirva para escalar as tensões e aumentar o nível de violência só pode ser contraprodutiva para os interesses de todos os envolvidos", acrescentou.

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